
Quando falamos em marketing local além do Google, muita gente ainda associa o tema apenas ao Google Pesquisa, Google Maps e Google Perfil de Empresas. E de fato, o Google continua sendo peça central. No entanto, o cenário mudou — e mudou rápido.
Neste artigo, vamos desconstruir o mito de que foco exclusivo no Google basta. Além disso, você verá como outros players — Apple, Bing, redes sociais e, mais recentemente, IA generativa (ChatGPT, Perplexity, etc.) — estão entrando no jogo local. Consequentemente, cresce a urgência por um posicionamento multicanal.
O domínio do Google no Marketing Local: ainda grande, mas não absoluto
É verdade que o Google ainda detém uma fatia enorme do mercado global de buscas — cerca de 89–90% em 2025 (Wikipedia). Por outro lado, esse número reflete apenas a busca geral.
Quando falamos em buscas locais, entretanto, o cenário muda. Apps de mapas, redes sociais e até IAs já disputam espaço na jornada do consumidor. Portanto, confiar apenas no Google significa ignorar uma parte crescente do comportamento do público.
Mapas, dispositivos e o Marketing Local além do Google
Além do Google, os mapas vêm ganhando cada vez mais força. Pesquisas mostram que cerca de 20% das buscas locais já começam em apps de mapas (Search Engine Journal).
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Apple Maps: presente em todos os iPhones, cresce em relevância e já serve de fonte de dados para outras plataformas. Assim, quem não está bem posicionado nele perde uma fatia importante de consumidores.
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Bing: mantém 3–4% de participação global e se integra ao ecossistema Microsoft (Hawksem). Em contrapartida, poucos negócios exploram esse espaço, criando uma oportunidade competitiva.
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Busca por voz: 58% dos consumidores já usaram assistentes de voz para encontrar negócios locais (Digital Silk). Portanto, quem otimiza para voz tem mais chances de aparecer em momentos decisivos.
Além dos mapas: TikTok e Instagram no Marketing Local além do Google
Outro ponto que vem mudando o jogo são as redes sociais. O TikTok já é usado como motor de busca por mais de 40% dos americanos (Adobe). Além disso, entre os jovens da Geração Z, 62% usam a plataforma para procurar negócios locais — com mais da metade dizendo preferir o TikTok ao Google em certas buscas (Soci.ai).
O Instagram, por sua vez, também ganhou força como ferramenta de descoberta. Isso porque, além do sistema interno de busca por hashtags, legendas e geolocalização, desde 2025 passou a permitir que publicações públicas sejam indexadas pelo Google e Bing (Flatline Agency). Dessa forma, o alcance dos conteúdos locais ficou ainda maior.
Enquanto isso, a experiência de navegação no Instagram evoluiu, e hoje muitos usuários buscam restaurantes, lojas e serviços diretamente dentro do aplicativo. Em resumo, se seu negócio não aparece em vídeos do TikTok ou nos resultados do Instagram, você pode estar fora do radar de uma fatia enorme de clientes.
As IAs generativas e o futuro do Marketing Local além do Google
Ferramentas como ChatGPT e Perplexity já são usadas para dúvidas locais e comparação de opções. Um relatório recente mostrou que o ChatGPT lidera quase 80% do tráfego de referência entre chatbots de IA (TechRadar).
Por consequência, surgiu o conceito de Generative Engine Optimization (GEO): otimizar informações do seu negócio para que as IAs consigam “ler” e recomendar corretamente.
Ou seja, o impacto é direto: ou você aparece, ou não é sequer considerado. Assim sendo, é fundamental estar presente em diferentes bases de dados, pois é delas que essas IAs se alimentam.
Dados e curiosidades que impressionam
Tema | Dado relevante |
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Buscas em mapas | 20% das buscas locais começam em apps de mapas (BrightLocal) |
Conversão local | 76% das pessoas que buscam algo local no celular visitam o estabelecimento no mesmo dia (Digital Silk) |
Compra local | 78% das buscas locais em dispositivos móveis resultam em compra offline (SagaPixel) |
Uso de voz local | 58% já usaram a busca por voz para negócios locais (Digital Silk) |
Google global | Google ainda domina ~89–90% do mercado global de buscas (Wikipedia) |
Bing | 3–4% de participação global (Hawksem) |
TikTok | 62% da Gen Z usa TikTok para procurar negócios locais (Soci.ai) |
Posts públicos podem ser indexados por Google e Bing desde 2025 (Flatline Agency) |
Portanto, não estamos falando de casos isolados. Esses números comprovam que a jornada de descoberta local já é multicanal.
Por que hoje pensar só em Google não basta
Fragilidades da estratégia “somente Google”
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Ponto único de falha — se o algoritmo muda, você perde relevância.
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Audiência dispersa — parte das pessoas busca direto em apps sociais, de mapas ou IA.
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Dependência excessiva — risco alto de visibilidade instável.
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Ranking único nas IAs — se você não aparece, não há segunda chance.
O que fazer em vez disso
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Mapas & diretórios: Google, Apple Maps, Bing Maps, Waze e diretórios locais.
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Consistência (NAP): nome, endereço e telefone iguais em todos os canais.
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Reputação online: responder e otimizar avaliações com palavras-chave.
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Conteúdo local: páginas específicas no site, schema local, horários e rotas.
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Voz & IA: FAQ e linguagem conversacional para aparecer em assistentes e IA.
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Redes sociais: conteúdo em vídeo no TikTok e posts geolocalizados no Instagram.
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Atualizações constantes: fotos, posts e dados sempre frescos.
Dessa forma, você reduz riscos, aproveita novas oportunidades e se posiciona de forma sólida.
Conclusão
O Google segue sendo pilar fundamental, mas não é mais a única porta de entrada. Mapas, redes sociais e IAs estão redesenhando o cenário de descoberta local.
Em resumo, o grande desafio — e também a maior oportunidade — está em ser encontrado, confiado e escolhido em todos os canais onde o cliente pode procurar.