Um manifesto por Felipe Caezar, CEO da HubLocal
No filme Vingadores Guerra Infinita há uma das cenas mais marcantes do cinema moderno. Thanos estala os dedos e, em poucos segundos, metade da população simplesmente desaparece. Sem aviso, sem alarde, apenas poeira no ar.
Algo muito parecido está prestes a acontecer no mundo digital. Milhões de empresas estão desaparecendo das buscas e muitas nem perceberam.
O tráfego está caindo, os custos de aquisição estão disparando, os contatos diminuindo, os clientes sumindo e ninguém entende o motivo.
O que está prestes a acontecer é o maior apagão de visibilidade da história da internet. O modelo que sustentou o crescimento das empresas nos últimos vinte anos está ruindo diante de uma transformação profunda e inevitável.
O objetivo deste artigo é explicar o que está por trás desse fenômeno, por que ele está acontecendo agora e, principalmente, como se preparar antes que o seu negócio também desapareça.
O fim de uma era

Durante mais de vinte anos o Google foi o império absoluto das buscas. Desde 1998 ele organizou as informações do mundo e transformou a forma como as pessoas descobrem, compram e decidem. A regra era simples: o usuário digitava uma palavra, recebia uma lista de dez links e escolhia para onde ir. Esse modelo, conhecido como a era dos dez links azuis, sustentou toda a economia digital por duas décadas.
Mas essa era está chegando ao fim. A simplicidade que sustentava o Google virou uma limitação. O mundo digital deixou de girar em torno de páginas e passou a girar em torno de respostas. O usuário atual não quer navegar. Ele quer resolver. E quem dita o formato da busca agora não é mais o Google, mas o próprio usuário.
Nos últimos dois anos o avanço das inteligências artificiais generativas como ChatGPT, Gemini e Perplexity provocou o maior abalo estrutural da história da web. Essas tecnologias introduziram um novo padrão: respostas completas e conversacionais, sem precisar clicar em lugar nenhum. O império dos links está sendo substituído pela era das respostas.
O Google reconheceu isso abertamente no Future of Search LATAM. A empresa confirmou que o futuro da busca será movido por modelos de linguagem e que, se tivesse de reinventar a busca hoje, ela seria muito parecida com o Modo IA.
Hoje o Modo IA já ultrapassa 2 bilhões de usuários em 200 países e aumenta em média 10 por cento o volume de buscas nos lugares onde é ativado.
As buscas estão ficando mais longas, mais pessoais e mais complexas. Buscas contendo a palavra “eu” dobraram nos últimos dois anos, mostrando uma mudança profunda na intenção do usuário.
15% das buscas feitas diariamente nunca haviam sido feitas antes, o que revela um cenário de imprevisibilidade absoluta.
O Google Lens já ultrapassa 25 bilhões de buscas visuais mensais, crescendo 70% em apenas um ano, e 1 em cada 5 tem intenção comercial.
A busca deixou de ser textual. Agora é multimodal. Texto, imagem, voz, gesto e contexto.
O Google, que antes induzia o comportamento das pessoas, agora está sendo induzido por elas. Ele deixou de ser o ponto central da web e passou a ser parte de um ecossistema competitivo onde OpenAI, Perplexity, Anthropic e outros moldam o comportamento dos usuários com respostas instantâneas, personalizadas e conversacionais.
A era dos dez links azuis acabou.
A Nova era das Buscas com IA

O modelo de busca que conhecemos está deixando de existir. Por duas décadas o Google foi o centro do universo digital. Ele ditava o que aparecia, quando e para quem. As pessoas digitavam o que lembravam, o algoritmo adivinhava o resto e o mundo girava em torno disso. Mas algo mudou. Tecnologias de inteligência artificial como ChatGPT, Gemini e Perplexity viraram o jogo. A busca deixou de ser uma página com resultados e passou a ser uma conversa. O usuário não quer mais digitar, comparar e clicar em dez links. Ele quer resolver.
A diferença é brutal. Antes o Google induzia o que as pessoas buscavam. Agora são as pessoas que induzem o Google. As consultas são mais longas, mais pessoais e mais complexas. Buscas com a palavra “eu” dobraram. Perguntas longas, com múltiplos filtros e necessidades individuais, se tornaram o padrão. Nesse cenário, o usuário quer que a tecnologia entenda contexto, vontade, limitação, humor, clima e urgência. Ele quer solução, não resultado.
É nesse contexto que nascem os agentes de IA. Eles não mostram o caminho. Eles fazem o caminho. Em vez de oferecer links, executam tarefas completas: reservam restaurantes, mudam voos, fazem cotações, contratam serviços e até ligam para empresas que nem estão conectadas. Mais de 80 por cento das startups de IA já possuem agentes em produção. O Google integra essa revolução em todas as suas frentes: Search, Gemini, Chrome e Shopping.
O AI Overviews, versão atual da busca com IA, está disponível em mais de 200 países e possui mais de 2 bilhões de usuários mensais. Nos lugares onde aparece, o volume de buscas cresce mais de 10 por cento. A prova é clara: o usuário quer ajuda, não páginas.
Estamos diante do nascimento de uma internet que não responde. Ela age.
A era dos agentes e o nascimento da nova internet
O que estamos presenciando é o ponto de virada da história da internet. Durante 2 décadas o Google foi o centro do universo digital. Ele organizava o caos, interpretava palavras e direcionava pessoas. Agora ele está dando lugar a uma nova camada de inteligência que não apenas entende o que o usuário quer, mas executa por ele.
Essa é a era dos agentes de inteligência artificial. Eles não mostram o caminho, eles fazem o caminho. Em vez de entregar links, executam tarefas completas. O próprio Google está colocando os agentes no centro da estratégia. Search, Gemini, Chrome, Shopping e Maps estão sendo redesenhados para agir e não apenas responder.
Os números confirmam a virada. Mais de 80% das startups de inteligência artificial no mundo já têm agentes em produção. O Google Lens realiza mais de 25 bilhões de buscas visuais por mês, e 1 em cada 5 tem intenção de compra. O AI Overviews é usado por 2 bilhões de pessoas, disponível em 200 países, e onde aparece aumenta o volume de buscas em 10%. Essa mudança inaugura uma nova internet. O clique deixa de ser o fim e passa a ser o meio. O conteúdo não serve mais apenas para informar, mas para gerar ação.
O risco iminente de sumir da internet

As empresas que não entenderem essa transformação estão prestes a desaparecer. A inteligência artificial não lê como um humano. Ela interpreta dados, contexto e estrutura. Quando encontra um site desorganizado, com informações desatualizadas ou sem marcações técnicas, simplesmente o ignora. Nos últimos vinte anos, grande parte das empresas nunca investiu em posicionamento e, entre as que investiram, a maioria apostou em um modelo que já não funciona mais. Durante duas décadas, toda a lógica do SEO foi construída em torno de palavras chave. Agora isso acabou. As buscas se tornaram longas, pessoais, contextuais e imprevisíveis.
Antes alguém buscava “pizzaria perto de mim”. Hoje procura “pizzaria com massa fina, borda de catupiry e opção vegana para jantar hoje à noite”. Essa é a realidade que quase nenhuma empresa está preparada para enfrentar. Uma pizzaria que por anos manteve boa posição no Google por causa da palavra “pizzaria” pode desaparecer do mapa digital se não tiver informações profundamente específicas. Fotos reais de clientes mostrando detalhes da massa. Avaliações descrevendo sabores, textura, tempero e atendimento. Cardápio completo com ingredientes. Descrições objetivas sobre tipo de serviço, público atendido e ambiente. Na nova era, não é a palavra “pizzaria” que determina o resultado. É o conjunto de dados que descreve a experiência real.
E aqui está o ponto central: a IA só recomenda o que entende. O que não entende, ela descarta. A busca deixou de ser democrática. Agora ela é técnica, seletiva e meritocrática. Só aparece quem é legível pelos agentes inteligentes.
Essa transição está sendo acelerada por outro fator decisivo. O modelo econômico da internet que sustentou a criação de conteúdo por quase trinta anos está quebrando. Matthew Prince, CEO da Cloudflare, apresentou no Web Summit uma análise que expõe o tamanho do problema e reforça o risco para pequenas empresas. Ele mostrou que, na prática, os agentes de IA consomem milhões de páginas para gerar respostas, mas devolvem quase zero tráfego para os sites de origem. Antes o Google enviava 1 visitante para cada 2 páginas copiadas. Agora envia 1 visitante para cada 20 páginas copiadas. A OpenAI envia 1 visitante para cada 1.500 páginas. A Anthropic, 1 visitante para cada 40.000 páginas.
Isso significa que a economia do conteúdo que sustentou toda a web está entrando em colapso. Sem tráfego não há conversão. Sem conversão não há receita. Sem receita não há conteúdo novo. E sem conteúdo novo a internet perde seu motor. É um efeito dominó silencioso que ameaça desde grandes portais até pequenos negócios locais. A IA, ao consumir conteúdo sem devolver valor proporcional, esvazia o ecossistema. E o Google, que deveria equilibrar o jogo, está aumentando o problema usando o mesmo crawler para a busca tradicional e para o Gemini. Se um site tenta limitar o acesso do Gemini, corre o risco de desaparecer da busca também. Segundo Prince, isso cria um desequilíbrio competitivo e acelera ainda mais esse apagão.
O impacto para os pequenos negócios é brutal. Se uma empresa local não estiver preparada para ser encontrada por agentes, ser compreendida pela IA, ter seus dados estruturados, aparecer em respostas geradas e ser recomendável por critérios objetivos, ela simplesmente deixa de existir para o consumidor. O agente não vai arriscar recomendar algo desatualizado ou pouco confiável. Simples assim. Ele escolhe outra empresa melhor preparada, mesmo que essa empresa tenha começado ontem.
A consequência prática é direta. Você vai perder clientes de alta intenção. Seu negócio vai ficar invisível. O concorrente vai ser escolhido no seu lugar. A IA vai ignorar sua empresa. Você vai parar de aparecer para quem quer comprar agora. O impacto será sentido no caixa, no tráfego, no volume de contatos, no ciclo de vendas e na capacidade de competir. Esse é o maior risco socioeconômico da nova era digital. Pequenos negócios podem desaparecer em massa, empregos podem ser perdidos, economias locais podem ser afetadas e o poder pode se concentrar nas mãos de poucos intermediários que controlam a experiência do usuário.
Ao mesmo tempo, existe uma oportunidade gigantesca. Os agentes de IA vão entregar clientes com intenção altíssima de compra. Usuários que não estão só buscando informação. Estão buscando agir. Quem estiver preparado vai receber mais tráfego qualificado, mais intenção, mais conversão e mais relevância do que jamais recebeu durante a era dos links. Para isso, é preciso estruturar dados, entregar profundidade, atualizar informações frequentemente e manter perfis locais vivos. Empresas que fizerem isso agora podem se tornar referências em seus segmentos e dominar mercados inteiros enquanto os concorrentes desaparecem.
O risco é real. Mas a oportunidade também é. E a diferença entre desaparecer e crescer será decidida pelos próximos passos que cada empresa der.
O que precisa ser feito agora
O Google foi direto no Future of Search LATAM: só sobreviverão as empresas que prepararem seus dados para a inteligência artificial. A IA não adivinha. Ela precisa de estrutura, clareza e atualizações constantes. E o caminho envolve três pilares que começam simples, mas exigem disciplina e precisão.
A primeira frente é estruturar o conteúdo. Hoje a IA não lê páginas como um humano. Ela não interpreta beleza, nem design elegante, nem textos longos. Ela precisa de marcações técnicas que indiquem exatamente o que está na página. Um produto deve ter nome, descrição, preço e categoria marcados de forma clara. Um serviço precisa mostrar o que é, como funciona, para quem serve e onde é realizado. Eventos precisam ter data, horário e local definidos dentro do código. Essa estrutura se chama dados estruturados e funciona como a legenda que a IA usa para entender o que está sendo mostrado. Sem isso, ela lê seu site como um bloco de texto sem sentido. É como entregar um livro inteiro sem capítulos, sem título e sem índice.
A segunda frente é manter as plataformas locais sempre atualizadas. Muitas empresas tratam o Google Perfil da Empresa como se fosse um cartão de visita impresso. Abrem, preenchem uma vez e abandonam. Só que o Google Perfil da Empresa se tornou o principal captador de dados para o modo de busca com IA. Ele é o registro que conecta o mundo real ao digital e é tratado pela IA como uma fonte primária de leitura. É ali que os agentes verificam fotos recentes, analisam avaliações de clientes, entendem padrões de atendimento, confirmam horários, identificam especialidades, reconhecem tipos de público e observam sinais de confiança. Se o perfil está abandonado, antigo, com fotos velhas, sem respostas e sem informações completas, ele é interpretado pela IA como um negócio inativo. Por outro lado, perfis vivos, completos e atualizados com frequência são priorizados nos resultados, porque mostram consistência e credibilidade. A IA precisa ter certeza de que a empresa existe, funciona e entrega o que promete antes de recomendá-la para alguém. Por isso, o Google Perfil da Empresa deve ser tratado com mais prioridade do que o próprio site ou redes sociais. Sem ele, o Google simplesmente não sabe quem você é, o que você faz e para quem faz.
A terceira frente é integrar dados em tempo real. Os agentes de IA não atuam apenas como buscadores, atuam como executores de tarefas. Eles só conseguem reservar, agendar ou recomendar algo se tiverem acesso a dados dinâmicos, atualizados e confiáveis. Isso significa integrar feeds de estoque, cardápios, preços, disponibilidade de agenda, horários atualizados, variações de produto e informações operacionais. Quando os agentes conseguem acessar esses dados em tempo real, eles passam a sugerir a sua empresa para consultas extremamente específicas. Quando não conseguem, simplesmente pulam sua empresa e recomendam outra. É assim que negócios que estavam bem posicionados durante anos estão desaparecendo da noite para o dia.
Esses ajustes não são opcionais. São o novo padrão da visibilidade digital. A IA só recomenda empresas que ela consegue entender, verificar e confiar. Quem estruturar dados, atualizar perfis locais e integrar informações vivas terá vantagem competitiva.
A era da palavra acabou. A era do contexto começou. E quem não se adaptar agora vai sumir, mesmo tendo investido anos ou milhões em SEO tradicional.
O papel da HubLocal na nova era da busca

Enquanto a maioria das empresas ainda tenta entender o que está acontecendo, a HubLocal já se preparou para essa virada.
A empresa foi homologada pelo Google para o desenvolvimento de agentes de inteligência artificial voltados para o posicionamento local. Na prática, isso significa que a HubLocal está recebendo informações e diretrizes direto da fonte, tornando-se parte da solução que o próprio Google está construindo para o futuro das buscas.
Se no universo dos Vingadores o estalo do Thanos representou o desaparecimento de metade da humanidade, no mundo digital o mesmo estalo está eliminando milhões de empresas das buscas. E a HubLocal é o grupo que surge para impedir esse apagão.
Enquanto o “estalo” da IA apaga perfis desatualizados e sites desorganizados do mapa digital, a HubLocal atua como os Vingadores, restaurando a visibilidade, reconstruindo a presença e garantindo que as empresas voltem a ser vistas.
A missão é clara: preparar sua empresa para sobreviver e vencer na nova era da IA.
A HubLocal estrutura o conteúdo, integra os dados e conecta sua empresa aos novos agentes de busca. Sua empresa não vai sumir. Ela vai liderar.
A HubLocal organiza suas informações em todos os ecossistemas onde a decisão acontece: Google, Apple, Meta, Bing e os novos buscadores com IA como ChatGPT, Gemini e Perplexity.
Enquanto milhões de empresas caminham para a invisibilidade, a HubLocal garante que você continue sendo encontrado, confiado e escolhido.
O ponto de não retorno
O fim das buscas como conhecemos não é o fim da internet. É o início de uma nova era: a era da inteligência.
As empresas que entenderem e agirem agora vão dominar o futuro. As que continuarem presas ao passado vão desaparecer como poeira digital.
A HubLocal nasceu para impedir isso. E oferece um caminho claro e imediato:
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Esse é o primeiro passo para garantir que, enquanto o mundo muda, sua empresa continue sendo encontrada, confiada e escolhida.
